domingo, 5 de julho de 2009

As Meninas - Velázquez

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Também conhecido como "A Família de Felipe IV", esse quadro foi finalizado em 1656 e está exposto no Museu do Prado, Madri. Apesar de ter sido produzida durante o período barroco, essa obra tem caráter clássico, pois se destina à corte. Velázquez (1599 - 1660) realizou muitos trabalhos para a família real da Espanha. O estilo clássico de linhas verticais e horizontais e equilíbrio na composição transmitia o poder do rei. Mas a subjetividade não deve ser subestimada.
Velázquez se auto-retratou em "As Meninas". O artista assume uma posição de concentração e está muito bem vestido, atitude condizente com seu prestígio, já que poucas pessoas tinham uma convivência tão íntima com a família real. O artista tinha 57 anos quando pintou esse quadro, mas representa-se sem rugas, cabelos brancos ou outros sinais que poderiam indicar sua idade.

Como somente a parte de trás da tela está visível, podemos apenas imaginar o que Velázquez estaria pintando. Alguns acreditam que o pintor retratava o rei e a rainha, enquanto outros especulam que o artista estaria pintando a si mesmo pintando "As Meninas".

Outro elemento misterioso de "As Meninas", essa moldura parece ser a de um espelho que reflete o casal real, que estaria de frente para o pintor, ou seja, estão no mesmo ponto de onde os observadores enxergam a pintura e estariam posando para Velázquez. Outra hipótese é que esse não seria um espelho, mas uma outra pintura na parede. Essa idéia é reforçada pela convicção de que, se o artista realmente estivesse pintando o casal, ele não usaria uma tela tão grande.

Esse homem ao fundo foi identificado como José Nieto, Porteiro da Real Câmara, ou camareiro da rainha e responsável pela administração da casa real. Ele encontra-se de pé sobre os degraus que conduzem à sala, iluminado pela claridade que entra pela porta.

As damas de honra estão entre a Infanta Margarida, as três são as meninas que dão nome à obra. As empregadas D. Isabel de Velasco e D. María Sarmiento são retratadas em uma posição de servidão, como se estivessem aguardando ordens. A dama da esquerda oferece à menina um jarro vermelho.

Há duas interpretações para as figuras postadas atrás das meninas que estão no primeiro plano. Alguns estudiosos acreditam que sejam uma freira e um padre, e sua presença representaria o poder da Igreja na Espanha, que na época era o país mais católico da Europa. Outros acreditam que se trata de D. Marcela de Ulloa e um homem não identificado, acompanhante e escudeiro das damas de honra, respectivamente.

Aqui estão retratadas figuras populares nas cortes européias: os anões, que junto com os palhaços entretinham a nobreza. Velázquez pintou a anã Mari-Bárbola, a mais popular da corte de Felipe 4º, e o anão Nicolás de Pertusato, que brinca com o cachorro. A anã usa um vestido escuro e simples e possui traços grosseiros, contrastando com a delicadeza e beleza da Infanta Margarida.

Essa é a sala principal dos aposentos ocupados pelo príncipe Baltazar Carlos. Quando este morreu, em 1646, Velázquez foi autorizado a usá-la e lá instalou seu ateliê e escritório. A austeridade da sala, evidenciada pelo amplo teto sem ornamentos, além dos suportes de candeeiros vazios e a ausência de móveis provavelmente não correspondia à realidade, mas serve para valorizar o grupo retratado.

Le tableau le pus célèbre et faisant débat de Diego Velázquez est l'incroyable portrait de famille nommé "Las Meninas".

Peint en 1656 et représentant un instant de vie de la cour royale du 17ème siècle, il est encore étudié aujourd'hui par de nombreux étudiants et experts. Il est impossible de décrypter le vrai message qu'a voulu faire passer Velázquez à travers la peinture des "Las Meninas", objectif qu'avait vraisemblablement l'artiste. Beaucoup de questions restent sans réponses et permettent à chacun de se faire sa propre interprétation du chef d'oeuvre.

Dans ce tableau, Velázquez choisit de briser les normes traditionnelles. A l'époque où les portraits de membres de familles royales sont sombres et formels, il décide de présenter au public une scène de vie normale et courante dans le palais du roi Philippe IV d' Espagne. En plus de donner au spectateur cette opportunité, "Las Meninas" permet d'humaniser la famille royale et suggère qu'elle est semblable à n'importe quelle autre famille.

La scène représente l'Infante Marguerite à l'âge de 5 ans entourées de ses dames de compagnies ou demoiselles d'honneurs (meninas en espagnol), un chien et les nains. Velázquez montre ici que les personnes "dans l'ombre" de la famille royale peuvent elles aussi mériter d'être peintes. Le titre donné au tableau "Las Meninas" renforce cette idée. A gauche de Marguerite, on peut voir Velázquez lui-même, pinceau à la main face à une immense toile. En s'incluant clairement dans le tableau, Velázquez revendique son statut d'artiste et de peintre officiel de la cour.

Mais le plus intéressant dans ce chef d'oeuvre est le fait que Velázquez ait choisi d'inclure le roi et la reine dans un reflet flou du miroir.

Une question nous vient donc à l'esprit : qui Velázquez est en train de peindre sur l'immense toile qui atteint presque le plafond?

Certains disent qu'il peint la scène se déroulant à sa gauche, celle de l'infante entourée de ses "Meninas". Mais cela signifie que Velázquez réalise le portrait de Marquerite alors qu'elle est de dos ce qui pourrait rendre l'image étrange.

D'autres affirment que Velázquez peint un portrait du roi Philippe IV et de sa femme. Marguerite n'est présente que pour observer ses parents.

La question restera sans réponse et chacun pourra faire le choix de l'une ou l'autre réponse. C'est vraisemblablement ce que voulait Velázquez lorsqu'il peint cette magnifique oeuvre d'art.

Vous pouvez admirer "Las Meninas" au Musée du Prado à Madrid pour vous faire votre propre avis.

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